26.1.11
Nocturno
Espírito que passas, quando o vento
adormece no mar e surge a lua. Filho esquivo
da noite que flutua,
Tu só entendes bem o
meu tormento...
A ti confio o sonho em que me
leva um instinto de luz, rompendo a treva,
buscando, entre visões,
o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
a febre de ideal, que me consome,
tu só, génio da noite, e
mais ninguém!
Antero de Quental
Dorme em meus braços meu amado!
Deixa que os portões do paraíso
fiquem fechados,
assim descansaremos
neste amor !
(Faísca de estrela)
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