Não me deixe

vou te oferecer Pérolas de chuva

 Vindas dos países Onde nunca chovem 

 Eu cavarei a terra Até a minha morte

 Para cobrir teu corpo De ouro e de luzes 

 Eu farei uma terra onde o amor seja rei 

 Onde o amor seja lei E você seja meu "Rei"

 Não me deixe 

 (Jacques B)

Libre para ti, mi amor!

Não há mais letras escondidas

num vazio, nem música, 

que o tempo escravizava

enfim carta de alforria.

Não importa se perdeu-se 

as notas...

pois nasce nova melodia

e sempre haverá no ar uma

terna cantiga

... o "amor' bate a porta!

Marllene Rodrigues

dir. aut. reserv.

Eu sonhei com você, meu amor!

Soprou ao vento, plumas violeta
Achou graça do tempo que não passa
Sussurrou... desencadeou palavras
Bebeu daquela boca,doce licor
em taça!

Trancou as portas do teatro
Viveu no personagem o sonho
febril, intenso, estampado
no retrato.

Ali estava o infinito... nas mãos
macias ,tez pálida ... souvenir
de tantos desencontros... tantos!
E assim termina o segundo ato!

Viviane Rodrigues

Menino bonito

Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não

Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar

Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais

Chico Buarque Edu Lobo


Você sempre esteve aqui você vive em
todas as letras que escrevi, me
leva contigo!

(Rastro da lua & Love)

Saudade de ti !

Ah se este homem soubesse
das noites frias
do abandono.

Dos devaneios loucos
da falta de sono
ah, se este homem soubesse!

Se ele soubesse dos anos de espera
da fuga...da procura em vão,
quem sabe viria, com todo amor
que tem...
- que eu sei que tem!

Amor que se descreve
nas linhas de um poema triste
- que se esconde, onde há sombras
e fantasmas
onde há sede e medo.

Por que este amor se esconde?
Eu sei !
só não sei, onde há espaço
para nós!

Manuella Loureiro – Lisboa - 2011

Por que não fica?

Sussurra silêncio , em noite de espera
Vem quando a falta te dói
Segreda baixinho exaltación
desmedidas
intui meu clamor!

Entra!
- fica mais um pouco arranca esta sede ,
...logo adormeço , vais... eu esqueço
e o sonho continua!

Aut. Mirrian Melaya
publicado 2008 – Lisboa

Aprisionei o tempo

Ó homem viajante sagaz,
deste poema incompleto!
lambuza meus lábios da tua sede
debruça o peito em meus sonhos
 corrompe a madrugada.

Metáforas e carícias misturam-se
a espera da tua volta,

Mais um inverno...
e as flores perfumam minhas  mãos
sedentas por mapear o destino
deste homem!

Brida Di Beenergan –het. MR
“O sonho adormeceu”